sexta-feira, 9 de abril de 2010

Paulista sub 14 e 18

Saudações!

Nos dias 20 e 21 de março os atletas Bruno Ogashawara (“animal”, 14 anos), Gabriel Ogashawara (“a espera de um apelido”, 11 anos), Lucas Parras (“bixo”, 15 anos) e Raissa Ogashawara (“orgulho”, 16 anos) foram disputar o campeonato paulista sub 14 e sub 18 na cidade de Bauru.


Da esquerda para a direita: Bruno, Raíssa, Lucas e Gabriel

Como já deu pra perceber, a única que jogou na categoria correta foi a Raíssa (ela faz 17 anos esse ano) e o restante jogou em categorias acima. Tem alguns atletas que disputam categorias acima porque estão muito fortes para disputar a própria, ou mesmo para enfrentar jogadores mais fortes, mas não foram esses os motivos. O Bruno e o Lucas foram disputar a categoria 18 anos porque eu não pude levá-los para a 16 e então foram pra ganhar experiência. Já o Gabriel foi para a categoria 14 anos para apanhar e ganhar alguma experiência de torneio.

A expectativa em cima da única jogadora era a maior. Raíssa já havia disputado 2 campeonatos paulistas, um aberto do Brasil e 4 regionais, todos torneios pensados e por isso a expectativa sobre ela era de uma medalha.

Já no caso dos rapazes, todos ainda são inexperientes, entretanto havia alguma expectativa sobre o bixo, pois ele é o jogador mais forte dessa nova geração. Em relação aos irmãos o esperado era que eles apenas não destruíssem o hotel, meu carro, local de jogos...

Quanto a viagem, como sempre planejamento zero. Tudo combinado na sexta feira dia 19. Ficou acertado que eu iria de carro com as quatro crianças ( ok ok “pré aborrecentes”), quem é louco de deixar os filhos viajarem comigo certo? Pois bem, não sei como, mas deixaram! Obviamente atrasei para pegar os atletas, não sabia como chegar à saída para Bauru, mas conseguimos chegar sem sustos. Meus co-pilotos Raíssa e Bixo mais uma vez mostraram eficiência, assim como em Catanduva em 2009. O único susto da viagem foi meu limpador de pára-brisa que surtou e resolveu levantar e ficar bem no meio do vidro. Tentei arrumar e claro só piorei, o jeito foi parar em um acostamento, abaixar o maldito e torcer para não chover. Mais tarde, o bixo e eu arrumamos de maneira no mínimo engenhosa, destravamos o mecanismo e remendamos com um canudinho!


Não, eu não sou pai de nenhum!

Chegamos ao local de jogos as 10 e 45 ( 15 minutos antes do apito inicial). Lá, encontrei alguns amigos de velha data, Alfeu e sua filha pentelha Mariane, o ex-blogueiro Vivaldinho e os ábritros Cristian e Marius, abraço a todos.

As partidas começaram praticamente no horário previsto e todos os atletas de São Carlos foram puxados e enfrentaram jogadores teoricamente mais fortes.

O Gabriel já começou a surpreender perdendo realmente rápido, apesar de não ter jogado tão mal assim. Os outros 3 também perderam, mas resistiram mais tempo. Um “belo”começo de torneio (0 em 4, equipe unida perde unida).

Apenas uma observação sobre o almoço, o “animal” de início queria pedir um prato comercial e um pastel!

A segunda rodada começou às 15 horas. A Raíssa jogou uma das melhores partidas que já a vi jogar, sem erros! Já o Gabriel jogou uma das piores, tomando mate rápido. O bixo e o animal se enfrentaram em uma partida HORROROSA, também o que esperar de um confronto entre um bixo e um animal?! Primeiramente o bixo ficou ganho, depois o animal ficou ganho, mas por fim o bixo fez seu primeiro ponto.

Que blz!

A terceira rodada começou logo em seguida. O Gabriel fez seu primeiro ponto. O Bruno também (de bye é bem verdade, mas ponto é ponto). Já Raíssa e bixo não conseguiram pontuar.


Bruno de Bye observa seu irmão em ação!

O resultado do primeiro dia não foi nada bom, todos os jogadores com 1 em 3, o jeito era procurar algo pra comer, ir pro hotel, dormir cedo, esfriar a cabeça e não desanimar para o dia seguinte.

No dia seguinte, rodada de madrugada (8:30). Os 4 foram jogar e eu fui tentar estudar. Como sempre, meus livros apenas conheceram mais uma cidade...

O bixo perdeu novamente. O Gabriel jogou a abertura de maneira imprecisa, perdeu uma peça, recuperou sabe-se lá como, pediu empate com um peão a mais e empatou. Depois constatei que ele nem sabia que tinha um peão a mais!

O animal jogou meio estranho a abertura, conseguiu ganhar qualidade e ficou em posição ganha. Não soube concretizar a qualidade a mais, devolveu em um momento duvidoso, entrou em um final de torre com um peão a menos, errou tudo no final e perdeu.

A grande partida dessa rodada foi a Raíssa que contra a número 3 do torneio venceu de maneira muito convincente. Inclusive, jogando muito bem o final de bispos de mesma cor.

A quinta rodada foi logo em seguida e a Raíssa venceu novamente! Com 3 em 5 dava pra pensar nos 3 primeiros lugares. O Gabriel venceu novamente e fez 2,5 em 5. Para mim o torneio dele já estava feito. Já o bixo perdeu novamente (o desânimo quando bate é difícil reverter) e o animal perdeu novamente.


E foi só o primeiro torneio dele!

Após um bom almoço, os 4 foram para a ultima rodada.
O bixo ficou de bye (que dureza, força Bixo!). O Gabriel pendurou uma peça no quinto lance. O animal conseguiu sua primeira vitória! E a Raíssa jogou na mesa 2 precisando ganhar para sonhar com um terceiro lugar. Após muita luta infelizmente ela não conseguiu vencer sua adversária e terminou em uma boa colocação, oitavo lugar, sendo nossa única medalha em campeonatos paulistas até agora (desde 2007).


Raíssa!

Como considerações finais, creio que o Lucas e o Bruno podem render mais. O fato de jogar em uma categoria acima claramente pesou e o desânimo após algumas derrotas ficou muito claro. Estas coisas só se corrigem com o tempo e experiência. O Gabriel fez um bom torneio se considerarmos que era o primeiro torneio pensado da vida dele, mas também pode render mais. Quanto a Raíssa, apesar da grande melhora apresentada e da primeira medalha conquistada, creio que ficou um sentimento de que poderíamos conseguir algo melhor. Não deu, mas o nível apresentado por ela nas partidas foi muito bom!

O importante para todos foi a experiência adquirida e a certeza que eu tenho de que eles tem muito a evoluir ainda e que podem chegar mais longe!

É isso, abraços!

Marcel Utiyama