quarta-feira, 21 de julho de 2010

Regionais Lins 2010 - Divagação

Saudações ou divagações?!

Caros amigos que acompanham esse humilde blog que ainda resiste à febre do Twitter. Vou me arriscar a descrever de maneira narrativa, três diferentes perspectivas sobre os regionais. A primeira é do ponto de vista do capitão da equipe, a segunda do ponto de vista do iniciante, aquele que vai jogar pela primeira vez, a terceira do ponto de vista do técnico. Por fim, farei um breve comentário relacionando as três.

Qual o motivo dessa postagem narrativa vocês devem estar se perguntando? Interpretem como quiserem. As pessoas, capitão, iniciante e técnico, são frutos da experiência que possuo. Pode ser que vocês se identifiquem com algum destes personagens, ou com algumas das sensações vividas por eles, ou pode ser que eu esteja falando apenas de um caso específico e vocês não se identifiquem com nada. De qualquer forma, agradeço aqueles que tiverem a paciência de ler e estou aberto às críticas.

Perspectiva do capitão da equipe:

O capitão sente o peso da responsabilidade em seus ombros. Ele olha para os membros de sua equipe e sente a inexperiência de uma equipe renovada. Sente também que é nele que os demais vão se espelhar e que uma derrota sua leva toda a equipe para baixo. Ele lembra o apelido que seus antigos companheiros de equipe lhe deram: Confiança! Sim, ele precisa ser a confiança da equipe.
Ele pode escolher uma postura omissa, do tipo que está lá apenas para assinar uma súmula ao final de cada rodada. Mas um verdadeiro capitão sabe que não é assim que funciona. Ele sabe que um verdadeiro capitão precisa estar pronto para nos momentos de alegria comemora junto e nos de derrota oferecer suporte e consolo. Ele sabe que é necessário, nos momentos corretos, repreender e buscar extrair o máximo de seus companheiros. E sabe principalmente, que todas as pessoas que ocupam cargos mais altos precisam decidir. Tomar decisão é algo difícil. O que fazer quando houver uma proposta de empate? O que fazer quando um integrante da equipe quer propor empate? Como decidir? Estas perguntas o assolam.
O capitão então leva seus pensamentos há vários anos atrás, quando teve que decidir se aceitaria um empate proposto em uma partida que não era a sua. A posição era indefinida e por medo ele aceitou. Sua decisão fez com que as chances de sua equipe vencer o torneio evaporassem A decisão era difícil, sendo necessário tomá-la em alguns minutos, o que eu errei ele pensa? Ele reflete e percebe que sua decisão foi errada e que faltou a ele confiar em sua equipe, assim como eles confiaram nele. Ele tomou como lição para as próximas vezes, confiar em seu julgamento e nas potencialidades de seus companheiros, tomando a melhor decisão pensando sempre na equipe. Confiar sempre confiar, é assim que ele decide.
Ele sabe que é a confiança da equipe. Ele mantém uma postura otimista, mas e se ele perder? E se no planejamento feito antes de cada rodada for estabelecido que ele devesse ganhar sua partida e ele, eventualmente, não conseguir? Todos desistiriam? Todos sentiriam?

Todos sentiriam com certeza. Mas o empenho mostrado por ele e a postura adotada de um verdadeiro capitão, motivariam seus companheiros a lutar com motivação redobrada em busca da meta de toda equipe, ser campeão.

Perspectiva do iniciante

Ele pensa na pressão que virá e sente o frio na barriga. Nota que na sua equipe têm 3 jogadores experientes e ele e seus outros colegas “bixos” nunca jogaram como titulares. Se sente mal, acha que vai afundar a equipe. Olha pro seu adversário. Ele não tem idéia de sua força, mas sente medo. Inconscientemente já o considera um jogador forte e avalia suas chances como sendo zero. Ele pensa: Por que me colocaram pra jogar com esse cara? Por que não colocou outro? Eu não tenho chances...
É ai que duas figuras essências precisam entrar em ação: o capitão e o técnico. Ambos chegam nele e tentam motivá-lo. Ele escuta coisas do tipo:
- Vai lá. Não precisa ficar nervoso.

Ele ouve isso, tenta assimilar, mas não muda muito, ele ficou mais nervoso ainda. Pouco antes da partida ele é chamado de lado e pensa: Que bom vão me substituir! Para sua tristeza, eles querem falar pra ele que é ele quem vai jogar.

Todos se sentam e o capitão o chama novamente. Ele fala pouco, mas o suficiente pra deixá-lo mais tranqüilo:
- Eu sei que você está nervoso, com frio na barriga. Eu já passei por isso. Joga firme, sem medo, como você joga mesmo. Use o tempo e faça o seu melhor. Se você perder não vai ser o fim do mundo, joga tranqüilo.
Ele continua com medo, mas se sente mais tranqüilo. Nos lances iniciais o frio na barriga é grande, mas a cada lance ele diminui. Ele olha pros lados e vê seus companheiros experientes, olha pro seu capitão e vê como a postura dele é firme, olha pro seu técnico e sente a confiança que ele irradia e então seu nervosismo passa.

Perspectiva do técnico:
O técnico sabe perfeitamente as capacidades de cada atleta seu. Conhece suas fraquezas e seus pontos fortes como ninguém. Ele sempre espera o melhor de seus atletas, às vezes de maneira tendenciosa, o que sabe que não deveria acontecer. Ele precisa preparar cada atleta seu para estar na melhor condição possível para cada jogo. A preparação pode ser cansativa, com muitas repetições, mas ele conhece a frase de algum autor que ele não se recorda: “Quanto mais se sua nos treinos menos se sangra nas batalhas” e por isso ele repete os treinos quantas vezes for preciso.

Nos momentos que antecedem aos jogos ele procura motivar sua equipe, mesmo que com frases simples como: Vai lá. Jogue firme. Sem medo! Ele precisa conversar com os menos experientes para dar o apoio necessário e minimizar o efeito da estréia.

Ele sente o medo dos inexperientes, a pressão sobre seu capitão e o seu próprio nervosismo e ansiedade. Contudo, ele mantém uma postura confiante, pois sabe que isso reflete em seus atletas.


Visão global
Quando os relógios são acionados, o iniciante treme, o capitão joga firme e o técnico fica apreensivo. Quando o trabalho foi bem feito, o iniciante se acalma e passa a jogar de maneira normal, como fez nas longas sessões de treinamento. O capitão se tranqüiliza, pois sente a tranqüilidade em sua equipe. Ele olha pro seu técnico, que apesar de estar nervoso por não poder ajudar, mostra confiança em sua equipe e isso reflete na postura de todos.

Abraços

Marcel Utiyama

4 comentários:

Bruno Rogani disse...

mesmo sendo mais sério que os normais, post bem legal

Anônimo disse...

Ótimo post! Belíssima descrição!

matheusesteves45 disse...

vcs ñ foram legais asim comigo ñ flaram q se eu ñ ganhasse a equipe tava fudida flaro q se eu ñ ganhasse ia dormir pro lado de fora da escola ¬¬....uashasuhas zuera mas flaro ...

Unknown disse...

Olha só...esse anônimo é realmente anônimo, pq que elogio aqui é raro haha
Vlw ai pelo apoio de todos.